Pesquisa em dez capitais mostra que renda aumentou ou ficou estável para 57% dos entrevistados

O Instituto Cidades Sustentáveis lança no dia 28 de agosto, em Brasília, a Pesquisa Viver nas Cidades: Desigualdades, levantamento que mostra a percepção da população com acesso à internet de dez capitais brasileiras sobre temas como renda, moradia e escolaridade. Realizado em parceria com a Ipsos-Ipec e a Fundação Grupo Volkswagen, o trabalho entrevistou 3.500 pessoas de forma online, nas seguintes cidades: Belém, Belo Horizonte, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

A pesquisa será lançada em evento presencial na capital federal, como parte de uma série de ações programadas para a Semana de Combate às Desigualdades, entre os dias 26 e 28 de agosto. A iniciativa é do Pacto Nacional de Combate às Desigualdades, uma rede que reúne organizações da sociedade civil, entidades de classe, associações de prefeitos, parlamentares e centrais sindicais. Na ocasião, será lançado também o Observatório Nacional das Desigualdades, trabalho que reúne 42 indicadores distribuídos em nove temas e articulados em diferentes dimensões.

RESULTADOS DA PESQUISA

A pesquisa mostra que 57% dos respondentes, considerando o total da amostra, afirmam que sua renda aumentou ou ficou estável no último ano. Apesar da percepção de estabilidade ou melhoria, no entanto, 56% dizem que precisaram fazer atividades extras para complementar a renda no final do mês. Serviços gerais, como faxina, manutenção, reformas e jardinagem, são as atividades mais mencionadas pelos entrevistados.

O gráfico abaixo mostra os resultados por capital e os números do total da amostra (em percentual).

Aumento, redução ou estabilidade da renda no último ano (%)

Dentre as pessoas que realizaram atividades extras para complementar ou obter renda, Manaus, Belém e Fortaleza são as cidades que concentram a maior proporção de entrevistados.

Necessidade de fazer atividade extra para complementar ou obter renda

“Embora uma parte significativa da população relate que a renda aumentou ou ficou estável no último ano, muita gente avalia que a fome e a pobreza cresceram na cidade em que vive. Esses resultados mostram que ainda temos um longo caminho para reduzir as desigualdades nas maiores cidades do país, e que pensar em uma melhor distribuição de renda é fundamental para reduzir o abismo socioeconômico que separa os brasileiros”, comenta Jorge Abrahão, coordenador-geral do Instituto Cidades Sustentáveis.

Mobilidade social

A pesquisa investigou também a percepção sobre a condição de vida dos respondentes nos últimos cinco anos, em relação à renda, moradia e escolaridade. Seis em cada dez (61%) dizem que a renda aumentou ou ficou estável no período; para 72%, a condição de moradia melhorou ou se manteve; e 70% dizem que o nível de escolaridade melhorou ou ficou estável.

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